O Orçamento Participativo [OP] é considerado uma das principais inovações democráticas nas administrações públicas municipais. Tal inovação seria especialmente importante porque consistiria em trazer para o campo da prática cotidiana da política um mecanismo real de democracia direta. Não obstante, vários desses estudos são excessivamente normativos e deixaram pouco espaço para avaliações críticas do processo decisório real envolvido nesse modelo institucional. Sob tal perspectiva, o objetivo do trabalho é avaliar criticamente até que ponto essa experiência, de fato, promoveria a democracia direta, sem mediações representativas, a partir da análise do desenho organizacional do caso do OP em Guarulhos.