De acordo com alguns autores, a democracia brasileira seria incipiente devido, entre outras coisas, à ineficiência dos partidos quanto à agregação padronizada das preferências eleitorais. Dessa forma, uma supostamente alta e crescente instabilidade eleitoral seria evidência empírica da reduzida institucionalização do sistema partidário, na medida em que a cada nova eleição os eleitores votariam em partidos diferentes daqueles em que haviam votado na eleição anterior. Minha proposta neste trabalho é testar a consistência dessa argumentação, por meio da análise da evolução do grau de instabilidade eleitoral em nível agregado. Em termos operacionais, utilizo o índice de volatilidade eleitoral em duas dimensões: a volatilidade eleitoral partidária de Pedersen (1980, 1990) e a volatilidade eleitoral ideológica de Bartolini and Mair (1990) das eleições para a Câmara dos Deputados de 1982 a 1998. Meu objetivo central é testar em que medida o sistema partidário seria, conforme afirmam vários autores, um obstáculo ao processo de consolidação da democracia no Brasil.
- Sistema Partidário Brasileiro,
- Volatilidade Eleitoral Brasileira,
- Sistema Partidário e Volatilidade Eleitoral,
- Sistema Partidário,
- Volatilidade Eleitoral
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