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A Dimensão da Formação no Programa Mais Médicos.pdf
Revista Brasileira de Educação Médica (2021)
  • Erika MS Rocha, Universidade Federal do Sul da Bahia
  • Thiago D Sarti, Universidade Federal do Esp
  • George D de Azevedo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Jonathan Filippon
  • Carlos Eduardo Siqueira
  • Maria AC Andrade, Universidade Federal do Espirito Santo
Abstract
Introdução: A carência e as desigualdades na distribuição geográfica de médicos desafiam a 
consolidação do direito à saúde e criam fluxos migratórios que acirram iniquidades em saúde. Devido 
ao seu caráter complexo e multidimensional, demandam abordagens políticas multissetoriais, 
considerando vários fatores relativos à disponibilidade e à área de atuação de médicos, bem como à 
vulnerabilidade social das populações consideradas.
Objetivo: Esteestudo teve como objetivo analisar os resultados do eixo Formação do Programa Mais Médicos no Brasil.
Métodos: Realizou-se uma pesquisa documental, especificamente relativa à localização e à natureza pública ou privada das novas vagas de graduação em Medicina, no período de 2013 a 2017, em que se confrontaram os resultados obtidos com as metas e estratégias pactuadas nos documentos oficiais do programa.
Resultados: O eixo Formação alcançou resultados importantes, apesar da resistência de alguns atores institucionais. O programa expandiu em 7.696 vagas de graduação, sendo 22,48% em instituições públicas e 77,52% em instituições privadas. A distribuição das novas vagas priorizou cidades do 
interior do Brasil e aprovou mudanças regulatórias importantes para os cursos de Medicina. No entanto, as disputas políticas com atores sociais representativos da classe médica e aqueles interessados no favorecimento do setor privado na educação e assistência à saúde ficaram expressas nos discursos e documentos oficiais. Tais aspectos fragilizaram o corpo normativo do programa e 
criaram um hiato entre os seus objetivos e a implementação. Evidências referentes à concentração de vagas no Sudeste do país favorecem a manutenção das desigualdades, a despeito de um crescimento proporcionalmente maior nas Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
Conclusão: A prevalência de vagas em instituições privadas e a fragilização de instrumentos de monitoramento dos novos cursos podem comprometer a mudança no perfil dos egressos, necessária para a fixação de médicos em áreas estratégicas e na atenção primária à saúde.

Keywords
  • Programa Mais Médicos; Educação Médica; Políticas Públicas de Saúde.
Disciplines
Publication Date
2021
DOI
10.1590/1981-5271v45.1-20200416
Publisher Statement
This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use,
distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

Citation Information
Erika MS Rocha, Thiago D Sarti, George D de Azevedo, Jonathan Filippon, et al.. "A Dimensão da Formação no Programa Mais Médicos.pdf" Revista Brasileira de Educação Médica Vol. 45 Iss. 1 (2021) p. e034 ISSN: 1981-5271
Available at: http://works.bepress.com/carlos_siqueira/72/
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